sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A Arte de Contar Histórias

É muito importante que o contador tenha lido antes a história e conheça bem o texto, assim não haverá surpresas. A arte de contar histórias promove o equilíbrio do que é ouvido com o que é sentido. É o uso simples e harmônico da voz!

Ao contar histórias precisamos usar a voz, interpretando cada personagem, transmitir no rosto as emoções do momento e com o corpo prender a atenção de todos, com gestos e contatos individuais. E ouvir histórias não é importante só para aquelas crianças que não sabem ler, é fundamental para todos. É um momento único, o momento da contação, onde se desenvolve a habilidade de prestar atenção, escutar, pensar, ver com os olhos da imaginação, se envolver na história e se apaixonar por ela.


 Outra forma de entrar em contato com a história é através dos livros sem textos. Uma experiência muito importante para as crianças. Precisamos deixar que elas brinquem com os livros, manuseiem. São livros apenas de ilustrações que contam histórias simples e para isso pedem a participação do leitor.

É interessante observar os diferentes materiais de se construir essas histórias. Livros de matérias diferenciados, plástico, pano, papel, com personagens em relevo, algumas vezes que se mexem, outras vezes que acompanham a história até o final. Alguns livros podem ser montados pelas crianças formando cenários como casas, circos e castelos. Outros foram feitos para a criança colorir.

Mesmo sem textos escritos a histórias tem uma narrativa sequenciada e completa. Dá a oportunidade às crianças de oralizar a história, criar seu próprio texto em cima da cena do livro. A narrativa visual, quando bem feita, estimula a criatividade e permite diferentes explorações e criações da criança. Mais uma vez Abramovich (1989), destacando a importância dessa narrativa afirma que esses livros (feitos para crianças pequenas, mas que podem encantar aos de qualquer idade) são, sobretudo, experiências de olhar... De um olhar múltiplo, pois se vê com os olhos do autor e do olhador/leitor, ambos enxergando o mundo e as personagens de modo diferente, conforme percebem esse mundo...

Texto por: Luísa M M Fernandes
(Fonoaudióloga – CRFa 6630 e Doula)

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