quinta-feira, 30 de junho de 2011

Dica Acalanto: Conhecendo as Maternidades de Belo Horizonte

No livro “Humanização do Parto – política pública, comportamento organizacional e ethos profissional” Mônica Maia apresenta uma tabela interessante para caracterizar as 10 maiores maternidades de Belo Horizonte. Reproduzimos essa tabela (adaptada) aqui no Blog para que as mulheres possam escolher de forma consciente e com mais informações a maternidade que pretendem ganhar seus bebês. Para saber mais sobre o livro temos um outro post sobre ele – clique aqui.



Organização
Santa Casa
Hospital das Clínicas
Odilon Behrens
Odete Valadares
Santa Fé
Ano
1916
1928
1944
1955
1957

Tipo
Filantrópico
Universitário
Público Municipal
Público Estadual
Privado
Porte
Extragrande
Grande
Grande
Grande
Pequeno
Risco dos Partos
Baixo e alto
Baixo e alto
Baixo e alto
Baixo e alto
Baixo

Clientela
SUS, convênio
SUS
SUS
SUS
Convênio e Particular
LeitosMaternidade
58
33
37
33
50
Amigo da Criança
SIM (2004)
SIM (2007)
Não
SIM (1999)
Não
Galba Araújo
Não
Não
Não
Não
Não



Organização
Júlia Kubitshek
Otaviano Neves
Sofia Feldman
Mater Dei
Hospital da UNIMED
Ano
1958
1964
1977
1980
2004

Tipo
Público Estadual
Privado
Filantrópico
Privado
Privado/ Coperativa
Porte
Grande
Médio
Médio
Grande
Médio
Risco dos Partos
Baixo e alto
Baixo e alto
Baixo
Baixo e alto
Baixo e alto

Clientela
SUS
Convênio e Particular
SUS
Convênio e Particular
Convênio e Particular
LeitosMaternidade
36
32
65
20
15
Amigo da Criança
Não
Não
SIM (1995)
Não
Não
Galba Araújo
Não
Não
SIM (1998)
Não
Não


 

Algumas Informações importantes sobre a tabela:
·        Os dados são de 2007, portanto é importante verificar nos hospitais as atualizações.
·        Também pelos dados serem de 2007 a Maternidade do Risoleta Neves não entrou na tabela, por ter começado a funcionar neste mesmo ano.
·        O que é um Hospital Amigo da Criança? Um estabelecimento referência em amamentação, que preza pela relação mãe – bebê e promove ações como amamentação na primeira hora e não uso de chupetas e mamadeiras.
·        O que é o Prêmio Galba de Araújo? Concedido pelo Ministério da Saúde a maternidades que atuam na perspectiva da humanização do parto.

Além dos dados apresentados na tabela é importante que a gestante procure saber em cada maternidade, ao fazer uma visita prévia, alguns pontos fundamentais da Política de Humanização do Parto. Esses pontos são:
·        O hospital permite uma Doula, além do acompanhante de livre escolha da mulher?
·        O hospital segue a lei municipal e federal, nas quais a mulher tem direito a escolha livre de um acompanhante antes, durante e depois do parto (sem nenhum custo adicional!)?
·        A maternidade oferece métodos alternativos de alívio da dor? (exemplos: banho, massagem, deambulação, bola de parto)
·        A maternidade oferece alojamento conjunto mãe – bebê?
·        O hospital permite a realização de partos de baixo risco por enfermeiras obstetras?

Com esse conjunto de informações a mulher estará melhor preparada para decidir sobre o melhor local para ter seu bebê. Destacando que estamos abordando aqui os espaços hospitalares em Belo Horizonte. No caso de partos domiciliares, outros pontos seriam investigados, que não são tema deste post!

terça-feira, 28 de junho de 2011

HIV/AIDS, Gravidez e Amamentação

Na década de 90 para uma mulher HIV positivo ou com AIDS pensar em engravidar era impossível. Muitas mulheres morriam durante a gravidez ou de complicações durante o trabalho de parto, muitas crianças nasciam infectadas e ainda com uma alta carga viral que levava a morte em idade precoce. Felizmente o tratamento evoluiu e novas drogas foram descobertas. Mais de 15 anos depois as mulheres HIV positivo ou com AIDS podem realizar seu desejo de engravidar sem medo.
Se a mulher não fizer o tratamento durante a gravidez tem 50% de chance de transferir o vírus para seu bebê, agora se ela for acompanhada adequadamente e seguir o tratamento, as chances de transmitir o vírus caem para 2%.
O ideal é que a mulher planeje sua gravidez antes da concepção e tome alguns cuidados como procurar um obstetra com experiência em acompanhamento de grávidas HIV positive / AIDS, tomar Ácido Fólico e diminuir a quantidade de vitamina A. Claro que esses cuidados devem ser somados aos cuidados regulares de uma gestante e ao tratamento adequado para o vírus HIV. O acompanhamento da gravidez é fundamental, já que os remédios podem causar efeitos colaterais ou pode ser necessário mudar o tipo e/ou dosagem do remédio. Especialmente o terceiro trimestre exige maior atenção, o que não é muito diferente do que para a maioria das demais gestantes.
Durante o trabalho de parto será administrado na mulher uma alta dosagem de AZT (coquetel de medicamentos para pessoas HIV positivas) com a intenção de diminuir ainda mais as chances de transmissão vertical do vírus (mãe-bebê). Com todos esses cuidados a chance de transmissão caem 70% e assim, se a futura mãe estiver com a carga viral baixa, não há necessidade de uma cesariana. Isso quer dizer que mulheres HIV positivas saudáveis podem ter um parto normal ou mesmo natural (sem dispensar o AZT!).
Depois do parto o bebê vai tomar também o AZT durante 6 meses, provavelmente administrado em gotas e de 6 em 6 horas, mas o pediatra deve determinar esse acompanhamento. Vale também procurar um pediatra especializado em tratamento de crianças HIV positivas / AIDS. Serão realizados testes periódicos, começando no primeiro dia de vida até o sexto mês, para determinar se a criança foi ou não infectada com o vírus.
A amamentação não é recomendada, porque mesmo para uma mulher com baixa carga viral existe 14% de chance de transmitir o vírus para o bebê por essa via. Assim, como temos acesso fácil a leites artificiais (formulas), nesse caso, eles são a melhor opção.
Depois disso, mãe, bebê e a nova família só tem a curtir as descobertas de cada dia juntos!

Fonte: Revista PLUS HIV – março de 2011 – entrevista com especialistas do Centro Materno Infantil da Universidade do Sul da Califórnia – Los Angeles – EUA

domingo, 26 de junho de 2011

Dica Acalanto: Humanização do Parto – política pública, comportamento organizacional e ethos profissional

O livro de Mônica Bara Maia, publicado pela editora FIOCRUZ nesse ano de 2011 deve, definitivamente, entrar na lista de leitura obrigatória das doulas e demais profissionais que trabalham com a Humanização do parto e do Sistema Único de Saúde, principalmente para os de Belo Horizonte. A dissertação de Mestrado defendida na PUC Minas transformou-se em um brilhante livro intitulado “Humanização do Parto – política pública, comportamento organizacional e ethos profissional”.


Mônica consegue colocar em palavras do nosso cotidiano, com uma leitura fluente, questões latentes e intrincadas que relacionam a história da saúde no Brasil e no mundo com o caminho da hospitalização do parto e finalmente, o movimento de humanização. Inicia o livro com um resgate histórico, discutindo as questões relacionadas à profissão dos Médicos e Enfermeiros, a cultura da nossa sociedade e o papel das instituições, os hospitais. Descreve bem as maternidades de Belo Horizonte e as ações de implementação da Política de Humanização do Parto a cidades, destacando seus avanços e dificuldades. Nacionalmente, descrever a humanização do parto em Belo Horizonte tem grande relevância, por ser um município modelo nas ações de Atenção Primária à Saúde (o que não significa a atenção ideal) e ser pioneiro na criação e formato da Comissão Peri Natal.
No prefácio Carlos Aurélio Pimenta de Faria sintetiza bem o livro:
“Que o(a) leitor(a) não se engane: o livro que tem em mãos é exemplo notável do saber militante. Nele não se encontrará vestígio nem do “padrão ouro” do academicismo estéril e auto centrado nem, tampouco, do panfletarismo verborrágico e maniqueísta. Neste belo, oportuno e relevante trabalho (…) Mônica Maia conjuga apuro metodológico e ousadia para, ao articular distintos saberes, contribuir para a elucidação dos fatores que têm obstruído o sucesso da política de humanização do parto no Brasil.
(…)
No estudo aqui apresentado, a autora parte de uma discussão acerca das razões que fizeram com que o parto deixasse de ser uma experiência da esfera familiar íntima, com toque comunitário, em razão da presença da parteira e eventualmente de vizinhas mais experientes, para se tornar um “evento dominado pela medicina, institucionalizado nos hospitais e regulado por Políticas Públicas”.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Mamadeira e Dor de Ouvido

Acho que as Associações dos Pediatras e todas as mães do mundo deveriam fazer uma campanha para que passe a vir um aviso, desses bem grandes e em vermelho, colado em todas as mamadeiras vendidas.

CUIDADO! ATENÇÃO!! MAMADEIRA CAUSA DOR DE OUVIDO.

É com frequência que as mães vem me contar sobre as Otites repetitivas de seus filhos, para saber sobre as consequências delas. Ai começo dizendo que as consequências são preocupantes, mas primeiro precisamos descobrir a causa! Em cinco minutos de conversa descubro que o bebê ou criança usa mamadeira! E é batata, é só retirar a mamadeira para dois meses depois elas relatarem que as dores de ouvido desapareceram!
O que acontece é que temos um canalzinho que liga nossa boca ao nosso ouvido interno, chamado tuba auditiva. A Tuba serve para regular a pressão dentro do ouvido e está sempre alternando momentos abertos e fechados de acordo com a necessidade. Quando engolimos ela deve estar fechada, garantindo que nada caia dentro do ouvido, especialmente líquidos. Acontece que nem sempre engolimos com pressão o suficiente para ocluir a Tuba Auditiva totalmente, o que não tem muitos problemas, já que essa abertura fica em cima, e os alimentos e líquidos não vão desafiar a lei da gravidade.
O problema todo é que as crianças que tomam mamadeira fazem isso quase sempre deitadas. O modelo do frasco e a forma de segurá-lo propiciam que seja tomado deitado, juntando com a pouca pressão e força necessárias para o liquido sair, são receitas certas para o liquido trocar o caminho e passar pela tuba auditiva. Quanto mais novo o bebê, mais fácil de acontecer, já que a tuba auditiva deles é pequenininha e quase reta.
As otites de repetição em crianças podem atrapalhar o desenvolvimento auditivo delas. O que pode ser de forma leve e imperceptível (como um limiar auditivo diminuído), ou um distúrbio do processamento auditivo (dificuldade em entender e interpretar o que escuta) ou até mesmo a pequenas perdas auditivas e atrasos no desenvolvimento da fala e da linguagem. Isso quer dizer que otite é coisa séria e não adianta apenas tratar com antibiótico e esperar passar. É preciso ter atenção e evitar que se repita. Muitas crianças têm tantas otites que até mesmo se acostumam com a dor de ouvido e param de queixar-se de dor. Esses são casos mais graves ainda, onde a otite só é descoberta por acaso, com exames secundários e feitos com outros propósitos, e pode levar a consequências mais graves, como já descritas, pelo tempo em que interferem na qualidade da audição da criança.
Uma forma fácil de diminuir a ocorrência de otites é substituir as mamadeiras por copinhos com bico de pato. Esses copinhos podem ser usados a partir dos seis meses (até então não haverá necessidade, já que o melhor para bebê e mãe é a amamentação exclusiva por 6 meses) e em qualquer momento do dia ou noite. Eles também têm tampas que os tornam práticos para carregar e o seu formato, forma de segurar e a forma de sugar vão levar a criança a utilizá-los sentada ou recostada, com a cabeça acima do corpo, garantindo que nada escorregue para a tuba auditiva.
Vale aqui dois lembretes!
1-    A mamadeira a noite pode causar caries, pelo resíduo de leite ou líquidos que ficam na boca.
2-    Existem outras causas para otite que podem ocorrer isoladas ou se somar à influência da mamadeira, assim é importante acompanhar com o pediatra e descobrir as outras possíveis causas em cada situação.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Arte e aprendizado: Um ano com as Crianças

Já imaginou se o trabalho de artes do seu filho fosse exposto em um Museu ao lado de Picasso, Monet, Caravaggio e outros artistas famosos?
Pois é isso que faz o museu Guggenheim. Esse é um museu de arte moderna de Nova Iorque, que tem como principal marca o seu próprio prédio, uma estrutura que em si só é uma obra de arte moderna! Eles têm um programa junto às escolas, no qual artistas e curadores do museu trabalham com as crianças, durante o ano todo nas aulas de arte.
As crianças são expostas a diferentes tipos de arte e estimuladas a deixar a criatividade fluir, trabalhando com diferentes objetos e materiais. As aulas tem temas relacionados ao conteúdo programático da escolar.
Alguns desses trabalhos estão agora expostos em um dos museus de arte moderna mais famosos do mundo. Dá só uma olhada na riqueza dos trabalhos e na criatividade!




Vai dizer que toda mãe não acha seu filho um artista? E colocar o trabalho na geladeira é tão bom quanto expor no Guggenheim!!! Com certeza podem surgir novos Picassos e Monets, mas mais do que isso, valorizar o trabalho de artes é construir a auto estima das crianças e incentivar a criatividade é ajudá-las a buscar diferentes soluções para os problemas e desafios que vão encontrar durante a vida!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Rockefeller Center em Miniatura: um mundo de LEGO

Seguindo o programa “Turista em Nova Iorque” fui visitar o Rockefeller Center. Chegando lá fiquei um pouco decepcionada… apenas uma série de prédios gigantescos com uma praça de alimentação cercada por bandeiras. E eu nem consegui achar a bandeira do Brasil para tirar uma foto ao lado dela. Entre os prédios há uma série de lojas caras e chiques. Fiquei por ali passando pelas lojas, um tanto desinteressada, pensando que talvez o lugar seja mais interessante no inverno com a patinação no gelo.
Até que me animei. Uma loja da LEGO. Quem não gosta de Lego? A possibilidade de construir seu próprio mundo em miniatura! Eu adorava lego quando era pequena, e pela minha animação descobri que ainda adoro!
A loja é enorme com todos os tipos de lego, grandes, pequenos, para todas as idades e gostos. Fácil de encontrar todos os modelos e pode até comprar pecinhas separadas. O difícil é sair de lá sem gastar nada!
Mas o mais legal são as construções com os legos expostas na loja. Todos param para ver e tirar retrato! Vale a pena entrar só pra isso! Deem uma espiada em algumas!




E a melhor de todas, o Rockeffeler Center em miniatura!!!!


Definitivamente o melhor do Rockeffeler Center é a loja da LEGO!!!!

sábado, 18 de junho de 2011

Museu de História Natural: diversão garantida para crianças e adultos!

O museu de história natural de Nova Iorque é o lugar ideal para encantar todas as crianças e fazer com que elas se apaixonem por museus! Isso porque os adultos também ficam maravilhados com a enormidade dos dinossauros e a interatividade das exposições.
Todas as exposições do museu, sejam permanentes ou temporárias tem partes interativas ou filmes sobre o assunto. É preciso escolher o que você vai ver e, principalmente se estiver com crianças, vale dividir a visita em diferentes dias.
Para mim as duas exposições mais legais e interessantes foram a dos Dinossauros e a do Espaço. Vou contar um pouquinho sobre elas para deixar vocês com mais curiosidade.
A exposição do Espaço fica no primeiro andar e fala sobre estrelas, o big bang, a terra e a vida na terra. Um filme de 4 minutos em uma enorme esfera que deixa tudo mais impressionante, conta a história do Big Bang. E depois você vai caminhando pela rampa descobrindo mais sobre a criação da nossa galáxia e da terra. Ao final podemos ver, tocar, apertar e ouvir meteoros e outras coisas relacionadas a esse mundo especial.




Agora o melhor de tudo é um show sobre as Estrelas e o Sol no Planetário. O show é pago a parte e também acontece dentro dessa esfera que já mencionei. Os shows, em geral pagos a parte, tem horários específicos, fiquem atentos para não perder a entrada! Na esfera vamos assistir a um filme bem impressionante, com muitas imagens, efeitos especiais e luzes sobre a criação do espaço, das estrelas e do sol. Ele é narra do em inglês, mas não é necessário entender o que estão falando para ficar impressionado com a história.
Antes de entrar tenha certeza que seu pequeno acompanhante não tem medo do escuro! Vale assistir antes o filme de 4 minutos sobre o Big Bang como teste!

No quarto andar encontramos a famosa exposição dos Dinossauros. São vários fosseis montados no formato dos animais, dispostos das mais diferentes formas. Do chão até o teto. Os dinossauros são gigantescos e imponentes e por si só essa já seria uma aventura imperdível para as crianças e para nós adultos também.
Agora para completar o passeio tem uma exposição interativa, também paga a parte, que vale a pena visitar! É a Exposição do Maior Dinossauro do Mundo. Nela descobrimos o que é um fóssil, como são feitas as escavações (tem até ferramentas para usarmos em uma escvação encenada), e como funciona o corpo desse dinossauro. Podemos entender como funciona o coração, pulmão, o que comem, ver o quanto comem, e ver o tamanho desse dinossauro comparado com nós humanos e outros animas. É tudo bem interativo e explicativo, no final deixando várias dúvidas, já que os pesquisadores ainda não conseguiram entender tudo sobre esses gigantescos e desafiadores animais.